A Lei de Anistia brasileira é um obstáculo para a punição de violações de direitos humanos que constituem crimes contra a humanidade. A afirmação é da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, feita no documento “Julia Gomes Lund e outros contra a República Federativa do Brasil”, submetido à audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos no último dia 20.
O Brasil sentou no banco dos réus para ser julgado sobre os crimes cometidos durante a ditadura militar pelas forças de segurança, em especial o desaparecimento de 70 pessoas durante o combate à guerrilha do Araguaia, entre 1972 e 1975. Segundo os órgãos de defesa dos direitos humanos, desde que o país se tornou uma democracia, em 1985, há uma recusa em abrir uma investigação para descobrir os autores de tais crimes que estão amparados pela lei de anistia promulgada em 79 pelo regime militar.
Segundo o Centro pela Justiça e Direito Internacional (Cejil), entidade que representa as famílias das vítimas, leis de anistia não podem impedir que autores de crimes contra os direitos humanos sejam identificados e punidos.
A Corte, presidida pelo peruano César García Sayán, ouviu os depoimentos de parentes das vítimas, representantes do Brasil e organismos de direitos humanos. A sentença sairá dentro de alguns meses.
No mês passado, o Supremo Tribunal Federal negou o pedido da Ordem dos Advogados do Brasil de revisão da lei para que funcionários do Estado sob acusação de tortura durante o regime militar pudessem ser punidos.
Clique aqui para ler o documento "Julia Gomes Lund e outros contra a República Federativa do Brasil" na íntegra.
Clique aqui para ver um infográfico sobre as ditaduras na América Latina
Leia Mais
O Brasil sentou no banco dos réus para ser julgado sobre os crimes cometidos durante a ditadura militar pelas forças de segurança, em especial o desaparecimento de 70 pessoas durante o combate à guerrilha do Araguaia, entre 1972 e 1975. Segundo os órgãos de defesa dos direitos humanos, desde que o país se tornou uma democracia, em 1985, há uma recusa em abrir uma investigação para descobrir os autores de tais crimes que estão amparados pela lei de anistia promulgada em 79 pelo regime militar.
Segundo o Centro pela Justiça e Direito Internacional (Cejil), entidade que representa as famílias das vítimas, leis de anistia não podem impedir que autores de crimes contra os direitos humanos sejam identificados e punidos.
A Corte, presidida pelo peruano César García Sayán, ouviu os depoimentos de parentes das vítimas, representantes do Brasil e organismos de direitos humanos. A sentença sairá dentro de alguns meses.
No mês passado, o Supremo Tribunal Federal negou o pedido da Ordem dos Advogados do Brasil de revisão da lei para que funcionários do Estado sob acusação de tortura durante o regime militar pudessem ser punidos.
Clique aqui para ler o documento "Julia Gomes Lund e outros contra a República Federativa do Brasil" na íntegra.
Clique aqui para ver um infográfico sobre as ditaduras na América Latina